INSS volta a descontar dias parados de servidores em greve

GREVE

Fachada de agência do INSS tem cartaz sobre greve e carro preto estacionado na frente
Foto/Reprodução

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) voltou a descontar os dias parados dos servidores federais que estão em greve.

Ofício enviado a gerências regionais e superintendências que controlam a presença dos funcionários orienta que seja anotada falta injustificada a partir de 20 de setembro para quem não trabalhar.

Parte dos trabalhadores, no entanto, segue em paralisação, e há um grupo que ocupou o edifício-sede da Previdência Social em Brasília (DF). O instituto afirma que houve acordo com entidade de servidores além de extinção do processo debatendo o caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o que levaria ao fim do movimento.

Já os servidores afirmam que o processo judicial foi extinto sem que fosse julgado o mérito –a causa principal– e, com isso, há direito constitucional de seguirem em greve.

“Na verdade, o STJ não julgou o mérito, só extinguiu a ação a pedido do INSS, sem julgar o mérito. A ação não existe mais”, diz Thaize Chagas, diretora da Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) e do Comando Nacional de Greve.

“Depois disso, o presidente do INSS [Alessandro Stefanutto] fez outro ofício mandando jogar falta injustificada, usando uma informação inverídica de que o STJ determinou isso.”

Segundo ela, o código de falta injustificada é pior para os servidores públicos do que o desconto dos dias parados, como estava ocorrendo anteriormente e que deixou de ser feito após reunião entre os grevistas e a direção do INSS.

“O código de falta injustificada é pior do que o desconto porque implica em dizer que os servidores do INSS não estão em greve e estão faltando ao trabalho. E, depois de 30 dias, ele pode originar PAD [Processo Administrativo Disciplinar] e até demissão”, afirma Thaize.

Fontes do INSS confirmam que, de fato, a falta injustificada está sendo registrada para os servidores grevistas, porque o código de falta por greve, garantindo o direito constitucional de paralisação, não existe mais já que há um acordo pelo fim da paralisação foi homologado com uma entidade representativa de servidores.

À reportagem, servidor do órgão confirmou que, sim, com esse tipo de anotação, pode haver processo indisciplinar. A orientação seria para que os trabalhadores voltem ao trabalho.

Oficialmente, o INSS afirma ainda que houve a assinatura de um acordo que levou ao fim da greve em 28 de agosto com entidade que também é representativa dos servidores públicos. Trata-se da CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social).

Os servidores, no entanto, rebatem. O motivo é que há outras duas entidades representativas da categoria que não aceitaram as propostas do acordo, Fenasps e Condsef (Confederação dos Trabalhadores Serviço Público Federal).

Os grevistas dizem que a maior reivindicação não é de reajuste salarial, que já foi oferecido pelo MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos), mas pela carreira. Eles querem que a carreira de técnico do seguro social se torne carreira de estado, com salários maiores e outros benefícios.

Projeto para mudar a carreira e transformá-la em cargo que exige nível superior e não mais nível médio já está em estudo.

Em 17 de setembro, houve nova reunião entre o governo e os representantes dos trabalhadores. Mas, em assembleias, sindicatos decidiram rejeitar a proposta do governo federal de aumento salarial de 9% em janeiro de 2025 e mais 9% em abril de 2026 para todos os servidores do INSS.

A greve da categoria começou em 10 de julho e é palco de um racha entre os servidores, organizados em três grupos. Fonte: Folha de São Paulo.

STJ manda INSS operar com ao menos 85% do pessoal durante greve

JUSTIÇA

Brasília (DF), 03/11/2023, Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social. Edfício sede do INSS. Fachada do INSS. Setor de autarquia sul Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Magistrada afirmou que é preciso garantir continuidade do serviço. Paralisação poderia afetar revisão de gastos com benefícios previdenciários, apontado como crucial para fechar o Orçamento. Servidores do instituto estão em greve desde o dia 16

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza Moura, determinou nesta quinta-feira (24) que 85% do efetivo de trabalho seja mantido durante a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Pela decisão, o percentual mínimo deverá ser mantido em todas as unidades do órgão, conforme determina a legislação em casos que envolvem serviços essenciais. Em caso de descumprimento da determinação, os sindicatos da categoria deverão pagar multa diária de R$ 500 mil.

A decisão da ministra foi motivada por uma ação protocolada pelo INSS para garantir o funcionamento mínimo durante o movimento paredista, aprovado no dia 16 pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).

A Fenasps defende a recomposição das perdas salariais, reestruturação de carreiras, incorporação de gratificações, jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das jornadas de trabalho previstas em lei, entre outras pautas.

Proposta

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresentou uma proposta à categoria que prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores ativos e inativos. De acordo com a pasta, esse ganho cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores.

A atual proposta também prevê alongamento da carreira de 17 padrões para 20 padrões, manutenção da remuneração de ingresso do nível superior e nível intermediário com valorização do vencimento básico e criação de gratificação de atividade em substituição à Gratificação de Atividade Executiva (GAE). *Fonte: Agência Brasil

INSS orienta segurados a usarem serviços digitais durante greve

GREVE

O edifício-sede do INSS, em Brasília
Foto: Pedro França/Agência Senado

A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entrou nesta quinta-feira (18) no terceiro dia. Embora sustente que a paralisação dos servidores não impactou significativamente os serviços prestados à população, o órgão reforçou as orientações a quem precisar de determinados atendimentos.

Segundo o instituto, mais de 100 serviços podem ser agendados por meio do site Meu INSS; pela plataforma de mesmo nome, que tem versão para celular (app) ou pela central de atendimento telefônico 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

O INSS também orienta os cidadãos que necessitarem de atendimento pericial para a obtenção do auxílio-doença a utilizarem o Atesmed, serviço de avaliação remota de documentos que o instituto implantou prometendo tornar a análise mais rápida e menos burocrática, dispensando a realização de perícia presencial.

Nos casos de perícia médica já agendada para benefício por incapacidade temporária, o segurado pode pedir conversão de agendamento de perícia para o Atestmed. “Para os demais casos, a orientação é reagendar o atendimento pelo 135 ou Meu INSS”, orienta o instituto.

Reivindicações
Além da recomposição de perdas salariais dos últimos anos, os servidores reivindicam a reestruturação e o reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado; o cumprimento do acordo de greve de 2022; o nível superior para ingresso de Técnico do Seguro Social; incorporação de gratificações; jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das jornadas de trabalho previstas em lei; revogação de normas que determinam o fim do teletrabalho e estabelecimento de programa de gestão de desempenho; condições de trabalho e direitos do trabalho para todos, independente da modalidade de trabalho; fim do assédio moral institucional; e reestruturação dos serviços previdenciários.

Um novo balanço do impacto da paralisação será divulgado ainda sesta quinta-feira. *Com informações da Agência Brasil.

TJPE determina que Sinpol suspenda operação padrão e greve

GREVE

De acordo com a decisão, o sindicato deve se abster de causar embaraço ou perturbar de qualquer forma o regular funcionamento do serviço de segurança pública
De acordo com a decisão, o sindicato deve se abster de causar embaraço ou perturbar de qualquer forma o regular funcionamento do serviço de segurança pública – Foto/Divulgação

Ainda de acordo com a decisão, o Sinpol tem que se abster de iniciar paralisação de 48h convocada para ocorrer entre os dias 17 e 19 de julho

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou ao Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco (Sinpol) a imediata suspensão da operação padrão e da paralisação de 24 horas anunciada para esta quinta-feira (11).

Além disso, de acordo com a decisão, o Sindicato deve se abster de causar embaraços ao regular funcionamento do Instituto Médico Legal e da Central de Flagrantes, bem como praticar quaisquer atos que tragam embaraço ou perturbem de qualquer forma o regular funcionamento do serviço de segurança pública ou qualquer outro órgão público estadual.

Ainda de acordo com a decisão, o Sinpol tem que se abster de iniciar a paralisação de 48h convocada para ocorrer entre os dias 17 e 19 de julho de 2024. O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Alexandre Guedes Alcofora do Assunção determinou que, em caso de descumprimento, o sindicato terá que pagar multa diária de R$ 500 mil.

POSICIONAMENTO DO SINPOL

Em nota publicada nas redes sociais, o Sinpol disse ter recebido “com surpresa” a informação da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

“Sobre a paralisação, ainda não fomos notificados pela justiça. Com relação a Operação Padrão, o Sinpol não pode orientar os Policiais Civis a descumprirem as normativas legais da atividade policial. A conduta, procedimentos ou o dia a dia dos policiais civis nas delegacias ou outras unidades de trabalho são disciplinados pelo Código de Processo Penal. Como o Snpol pode solicitar que o policial infrinja a lei nos seus afazeres ? A decisão do TJPE é um fato inédito no Brasil”, declarou.

PARALISAÇÃO DO SINPOL

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco (Sinpol) havia iniciado uma operação padrão no Estado, com paralisações pontuais de 24h, como forma de pressionar o gestão estadual para que atenda a demanda por mais estrutura, melhores condições de trabalho e valorização da remuneração e carreira do efetivo. *Por JC.

Servidores do INSS decidem entrar em greve; categoria reivindica reajuste salarial

BRASIL

 — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A greve, inicialmente planejada para o dia 16 de julho, foi antecipada devido à falta de acordo com o governo federal

Sem acordo com o governo federal sobre reajuste salarial e valorização profissional, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram iniciar greve em todo o país a partir desta quarta-feira (10). A medida atinge tanto quem trabalha de forma presencial, nas Agências da Previdência Social (APSs), quanto os que estão em home office.

Representantes dos servidores informaram que ainda não há um balanço de adesão, mas a expectativa é que a paralisação vai afetar análise e concessão de benefícios como aposentadorias e pensões e Benefício de Prestação Continuada (BPC), de recursos e revisões, os atendimentos presenciais (exceto perícia médica) e o pente-fino em auxílios, proposto pelo governo Lula para garantir a economia de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. Segundo o sindicato nacional (SINSSP-BR), 50% dos trabalhadores estão no remoto e estão aderindo à greve.

O INSS afirma que, até o momento, “não tem informação de agência fechada em relação a atendimento ao segurado” e segue com todos os canais remotos em funcionamento. O órgão informa que o segurado pode acessar normalmente o aplicativo ou o site Meu INSS e ligar para a Central Telefônica 135, que funciona das 7h às 22h.

O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) e a Confederação dos Trabalhadores Serv Público Federal (Condsef) afirmam que enviaram ofícios para notificar o governo sobre a greve dos servidores da carreira do seguro social e que na próxima sexta-feira (12) haverá reunião do comando de greve, às 18h.

Os funcionários já estavam em “operação apagão”, reduzindo em 20% sua produção. A orientação era para que os servidores não fizessem hora extra nos dias específicos nem realizassem trabalho a mais no home office, deixando de cumprir metas de produtividade e as que estão ligadas ao programa de enfrentamento à fila. A reivindicação é reajuste salarial de 33% até 2026 e valorização da carreira de técnico do seguro social.

Em 2015, eram mais de 25 mil servidores. Hoje, são quase 19 mil servidores ativos, sendo 15 mil técnicos responsáveis por quase toda a totalidade dos serviços do INSS e 4.000 analistas.

O Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo (Sinsprev/SP) afirma que mais de 300 gestores vão colocar o cargo à disposição para aderir à greve.

“Saímos da última reunião com o governo sem uma sinalização de nova reunião. O governo de fato não negociou, disse não a todas as nossas pautas, inclusive as que não são de cunho financeiro. Estamos abertos ao diálogo! Mas sem sinalização do governo até agora. Os eixos principais da greve não são financeiros e versam já do acordo de greve firmado em 2022 e não cumprido até agora”, diz a diretora do Sinsprev/SP, Thaize Chagas Antunes.

QUAL A REIVINDICAÇÃO DOS SERVIDORES

Além de reajuste salarial, os servidores pedem para que a carreira de técnico do seguro social seja considerada uma carreira de estado, essencial para o funcionamento da máquina pública, mas esse não seria o entendimento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que caminha para qualificar esses servidores como de apoio.

A categoria também cobra a alteração do nível de ingresso para o cargo de técnico do seguro social para nível superior, defendendo a complexidade das atividades já desenvolvidas e temendo o avanço do uso de Inteligência Artificial (IA) nas análises do INSS.

Após cerimônia de comemoração dos 34 anos do instituto previdenciário, na última sexta-feira (05), o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, disse que as demandas da categoria são legítimas e que as demandas não financeiras seriam levadas ao governo para evitar a paralisação. A proposta do governo na última mesa de negociação, porém, não foi bem recebida.

Além do reajuste de 9% concedido em 2023, o governo propõe aumento de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além do alongamento da carreira de 17 para 20 padrões.

O MGI realizou na última quarta-feira (03), em Brasília, a terceira reunião com as entidades representativas dos servidores do INSS. O governo apresentou nova proposta, que extingue a GAE, uma gratificação que existe há mais de 30 anos, e substitui pela Gratificação de Atividade.

Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) para os servidores em início de carreira os valores poderão ser menores em relação ao que já estão no mesmo patamar.

A federação diz ainda que, por esta proposta, mais de 50 mil servidores aposentados e pensionistas podem ter as gratificações congeladas, mesmo que tenham se aposentado com paridade.

“Vamos garantir o percentual disposto em lei e a administração que organiza o fluxo”, afirma Thaize, do Sinsprev/SP. Fonte: Folha de S. Paulo

Servidores do INSS convocam greve por tempo indeterminado para o próximo dia 16

SERVIDORES FEDERAIS

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Paralização afetaria a concessão de aposentadorias e análise de seguro-desemprego e auxílio-doença. Governo já negocia com a categoria 

Após meses de negociações difíceis com os servidores da educação superior, o governo Lula (PT) agora se depara com a iminente ameaça de greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), informa o Metrópoles. A paralisação, marcada para iniciar na terça-feira (16), preocupa por impactar diretamente serviços essenciais como concessão de aposentadorias e análises de seguro-desemprego e auxílio-doença.

A greve poderia ainda prejudicar o pente-fino nos auxílios, uma auditoria essencial para a equipe econômica cumprir a meta de corte de gastos. Esse processo depende de áreas da Previdência Social, do Trabalho e do Desenvolvimento Social.

A decisão de greve foi aprovada em plenária da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) no final de junho, e será por tempo indeterminado.

Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, comentou sobre a ameaça após cerimônia de comemoração dos 34 anos do instituto, reconhecendo a legitimidade das demandas dos servidores e destacando as melhorias nas propostas do governo. Ele mencionou que, somados os aumentos do atual mandato, o reajuste superará a inflação projetada para o período.

Sem reajuste salarial previsto para 2024, o governo argumenta que os aumentos acumulados nos quatro anos do mandato serão suficientes para cobrir a inflação, que varia de 15% a 18%.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), destacou a reinstalação da Mesa de Negociação com os servidores do Executivo federal, um espaço crucial de diálogo para tratar de pautas remuneratórias e não-remuneratórias. Ele ressaltou o ambiente de medo que prevalecia durante o governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), contrapondo com a atual abertura para negociações.

Stefanutto enfatizou que os servidores do INSS entregaram resultados significativos na gestão Lula e reconheceu a importância de respeitar o arcabouço fiscal do país. Ele também indicou que há demandas não financeiras que serão levadas ao governo para evitar a paralisação.

A terceira reunião da Mesa de Negociação da Carreira do Seguro Social ocorreu na última quarta-feira (3), coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Além do reajuste de 9% concedido em 2023, a proposta inclui aumentos de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além do alongamento da carreira de 17 para 20 padrões.

Contudo, a proposta de substituir a Gratificação de Atividade Executiva (GAE) pela Gratificação de Atividade foi mal recebida pelos servidores. A Fenasps alerta que mais de 50 mil aposentados e pensionistas podem ter suas gratificações congeladas, uma situação que agrava o descontentamento da categoria. Fonte: Brasil247

Greve na educação: governo oferece reajustes de 13% a 31% para professores até 2026

EDUCAÇÃO

Comando Estadual de Greve realiza protesto na entrada e saída da UFPE
Comando Estadual de Greve realiza protesto na entrada e saída da UFPE – Foto: Redes sociais

Proposta considera diferentes aumentos para os níveis salariais da carreira; já negociação com os técnicos será na próxima terça-feira

O governo fez, nesta quarta-feira (15), uma nova proposta de reajuste para os professores de universidades e colégios federais. De acordo com Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmaram durante a reunião que essa é a última oferta.

A proposta atual prevê diferentes níveis de reajuste para a categoria. Os que ganham mais receberiam um aumento de 13,6% até 2026. Os que ganham menos, de 31,2%, até o fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, nenhuma parte desse reajuste viria em 2024, o que desagrada os professores.

O comando de greve do Andes vai se reunir nesta tarde para discutir o texto. Depois disso, novas rodadas de assembleias vão ocorrer e a resposta será dada até o dia 27 desse mês.

Na próxima terça-feira, o governo terá um encontro para tratar da greve dos técnicos-administrativos da rede. De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), profissionais de mais de 50 universidades e colégios federais aderiram à paralisação (veja abaixo a lista completa).

No dia 19 de abril, o governo federal apresentou uma proposta idêntica aos dois sindicatos: 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. A reivindicação dos técnicos administrativos é de 37% de reajuste em três anos. O impacto dessa medida é de R$ 8 bilhões. Já o dos professores é de 22%, ainda sem impacto divulgado. Nos dois casos, com aumentos já em 2024.

No último dia 26, tanto os professores, quanto os técnicos-administrativos federais negaram a proposta do governo de reajuste.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou em suas redes sociais que o ministro Camilo Santana se reuniu com a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para “debater as carreiras de docentes e técnicos administrativos em educação das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia”.

De acordo com o texto, foi debatida “a construção de uma nova proposta, juntamente aos secretários e equipe técnica das duas pastas, para valorizar os servidores da Educação e avançar na negociação”.

Técnicos

De acordo com Daniel Farias, da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), essa é a maior categoria funcionalismo público.

— E temos os menores salários — afirma Farias, que ocupa a coordenação Jurídica e de Relações de Trabalho da Fasubra.

Entre os técnicos administrativos, há cinco níveis salariais: do A (funções como porteiro, auxiliar de serviços gerais) ao E (psicólogos, assistentes sociais, biólogos, administradores, etc). A variação de remuneração base vai de R$ 1,5 mil a R$ 4,3 mil. A maior parte da categoria (70%) está concentrada nos níveis E e D (profissões de nível médio, como técnico administrativo e auxiliar de enfermagem, com salários base de R$ 2,3 mil).

No começo do mês, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que a reestruturação de carreiras na área de Educação é um compromisso prioritário do governo, que a proposta apresentada somados ao aumento concedido em 2023 significa “um reajuste total de 23% para técnicos administrativos e docentes durante o governo Lula” e que repõe “não só toda a inflação projetada para o período de 2023 a 2026, estimada em torno de 16%, como também uma parcela importante da inflação dos governos passados, que não negociavam e não aportaram nenhum reajuste para o funcionalismo público”. A pasta também afirmou que “segue aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas”.

Lista de professores em greve*

Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Universidade de Brasília (UnB)

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Universidade Federal do Pará (UFPA)

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal de Tocantins (UFT)

Univerisidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE)

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

31 Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Universidade Federal do ABC (UFABC)

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras)

Unversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Universidade Federal do Acre (UFAC)

Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Universidade Federal de Goiás (UFG)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Universidade Federal do Amapá (UFAP)

Universidade Federal do Sergipe (UFS)

Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Pouso Alegre,Campus Poços de Caldas e Campus Passos

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)

Instituto Federal do Piauí (IFPI)

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG (IF Sudeste-MG) — Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense (IFSul) — Campus Visconde da Graça

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) SINDUFAP 13-mai. *Por Agência O Globo.

Greve na educação: governo marca reunião para apresentar nova proposta a professores e técnicos; veja onde há paralisação

EDUCAÇÃO

Manifestação em Brasília por reajustes de técnicos-administrativos
Manifestação em Brasília por reajustes de técnicos-administrativos — Foto: Cristiano Mariz

Sindicado docente afirma que encontro será nesta quarta-feira; já negociação com os técnicos será na próxima terça-feira

O governo federal marcou para esta quarta-feira uma reunião com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Neste dia, a paralisação das 18 instituições que foram as primeiras a parar completa um mês. Atualmente, de acordo com a categoria, professores de 52 universidades e colégios federais estão em greve por reajustes salariais (veja abaixo a lista completa).

Também há uma reunião marcada para o dia 21 de maio, terça-feira da semana que vem, para tratar da greve dos técnicos-administrativos da rede. De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), profissionais de mais de 50 universidades e colégios federais aderiram à paralisação (veja abaixo a lista completa).

Quais são as reinvidicações feitas por técnicos e professores?

No dia 19 de abril, o governo federal apresentou uma proposta idêntica aos dois sindicatos: 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. A reivindicação dos técnicos administrativos é de 37% de reajuste em três anos. O impacto dessa medida é de R$ 8 bilhões. Já o dos professores é de 22%, ainda sem impacto divulgado. Nos dois casos, com aumentos já em 2024.

No último dia 26, tanto os professores, quanto os técnicos-administrativos federais negaram a proposta do governo de reajuste.

A expectativa é de que agora o governo apresente uma proposta bem próxima da reivindicação de professores e técnicos-administrativos.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou em suas redes sociais que o ministro Camilo Santana se reuniu com a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para “debater as carreiras de docentes e técnicos administrativos em educação das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia”.

De acordo com o texto, foi debatida “a construção de uma nova proposta, juntamente aos secretários e equipe técnica das duas pastas, para valorizar os servidores da Educação e avançar na negociação”.

Técnicos

De acordo com Daniel Farias, da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), essa é a maior categoria funcionalismo público.

— E temos os menores salários — afirma Farias, que ocupa a coordenação Jurídica e de Relações de Trabalho da Fasubra.

Entre os técnicos administrativos, há cinco níveis salariais: do A (funções como porteiro, auxiliar de serviços gerais) ao E (psicólogos, assistentes sociais, biólogos, administradores, etc). A variação de remuneração base vai de R$ 1,5 mil a R$ 4,3 mil. A maior parte da categoria (70%) está concentrada nos níveis E e D (profissões de nível médio, como técnico administrativo e auxiliar de enfermagem, com salários base de R$ 2,3 mil).

No começo do mês, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que a reestruturação de carreiras na área de Educação é um compromisso prioritário do governo, que a proposta apresentada somados ao aumento concedido em 2023 significa “um reajuste total de 23% para técnicos administrativos e docentes durante o governo Lula” e que repõe “não só toda a inflação projetada para o período de 2023 a 2026, estimada em torno de 16%, como também uma parcela importante da inflação dos governos passados, que não negociavam e não aportaram nenhum reajuste para o funcionalismo público”. A pasta também afirmou que “segue aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas”.

Lista de professores em greve*

  1. Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  2. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)
  3. Universidade Federal do Ceará (UFC)
  4. Universidade Federal do Cariri (UFCA)
  5. Universidade de Brasília (UnB)
  6. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  7. Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  8. Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  9. Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  10. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  11. Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  12. Universidade Federal do Pará (UFPA)
  13. Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  14. Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
  15. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  16. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
  17. Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
  18. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  19. Universidade Federal de Roraima (UFRR)
  20. Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
  21. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  22. Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
  23. Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
  24. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  25. Universidade Federal de Tocantins (UFT)
  26. Univerisidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  27. Universidade Federal Fluminense (UFF)
  28. Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
  29. Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE)
  30. Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  31. 31 Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
  32. Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  33. Universidade Federal do ABC (UFABC)
  34. Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  35. Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras)
  36. Unversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
  37. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  38. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)
  39. Universidade Federal do Acre (UFAC)
  40. Universidade Federal de Lavras (UFLA)
  41. Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
  42. Universidade Federal de Goiás (UFG)
  43. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  44. Universidade Federal do Amapá (UFAP)
  45. Universidade Federal do Sergipe (UFS)
  46. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Pouso Alegre,Campus Poços de Caldas e Campus Passos
  47. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
  48. Instituto Federal do Piauí (IFPI)
  49. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG (IF Sudeste-MG) — Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé
  50. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense (IFSul) — Campus Visconde da Graça
  51. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
  52. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) SINDUFAP 13-maio. Fonte: O Globo.

Professores da UFRPE aderem à greve nacional; saiba quando começa a paralisação das aulas

GREVE

A paralisação começa a valer a partir de segunda-feira, dia 29 de abril.
A paralisação começa a valer a partir de segunda-feira, dia 29 de abril. – Foto: Divulgação

Decisão contou com 188 votos favoráveis

Os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE decidiram, na tarde desta quinta-feira (25), aprovar a desão à greve nacional dos servidores públicos federais.

A decisão aconteceu durante assembleia, realizada no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe) por 188 votos favoráveis, 16 contrários e 3 abstenções. A paralisação começa a valer a partir de segunda-feira, dia 29 de abril.

A assembleia foi realizada na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), na quarta (24), e na quinta (25) na sede da Aduferpe, em Dois Irmãos.

Na UAST, foram 47 votos favoráveis à greve, 6 contrários e 2 abstenções.  Já na sede 141 docentes votaram a favor da greve, 10 contrários e 1 abstenção. A assembleia contou com a participação de mais de 500 pessoas entre estudantes, técnicos e docentes, mas apenas esta última categoria teve direito ao voto.

A categoria exige 22,7% de reajuste salarial.
A categoria exige 22,7% de reajuste salarial. FOTO: Divulgação

A categoria exige 22,7% de reajuste salarial para recompor as perdas salariais com a inflação nos últimos anos. Os professores pedem reajuste dividido em três parcelas iguais de 7,06% em maio, de 2024, 2025 e 2026.

Como contraproposta, o governo ofereceu um reajuste de 9% para 2025, e 3,5% para 2026, mas segue sem ceder para um aumento que aconteça ainda neste ano.

A categoria deve enviar a documentação à reitoria para formalização do movimento. O prazo legal é de 72 horas. *Por Folha-PE

GREVE DOS PROFESSORES: Professores da rede estadual decretam Greve em protesto contra Piso apresentado por Raquel Lyra

PARALIZAÇÃO DOS PROFESSORES

Em assembleia do Sintepe, professores decretam greve
Em assembleia do Sintepe, professores decretam greve – Foto/Divulgação

Professores protestam contra a aprovação do piso salarial da categoria, apresentado pelo governo Raquel Lyra e aprovado na Alepe

Servidores do Banco Central prometem fazer greve nessa terça e quarta-feira; como ficam os serviços?

ECONOMIA

Prédio do Banco Central em Brasília Foto: Agência O Globo
Banco Central em Brasília Foto: Agência O Globo

Entre as reivindicações dos servidores, há uma pauta remuneratória e um pedido para reestruturação da carreira

Os servidores do Banco Central (BC) têm uma greve de 48 horas marcada para esta terça (20) e quarta-feira (21) que deve atrasar divulgação de informações e, entre outros pontos, acarretar em cancelamento de reuniões. No entanto, os serviços essenciais serão mantidos.

A convocação da greve dos servidores é resultado da negativa, por parte da categoria, de uma proposta apresentada pelo governo no início deste mês, considerada insuficiente. A próxima reunião dos servidores com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos está marcada para quarta-feira (21).

Entre as reivindicações dos servidores, há uma pauta remuneratória e um pedido para reestruturação da carreira, como a mudança do nome do cargo de “analista” para “auditor” e a exigência de ensino superior para o cargo de técnico do BC.

A mobilização da categoria está acontecendo há alguns meses e vem afetando o calendário de divulgações do Banco Central. Publicações como o relatório Focus, informações sobre swaps e outras estatísticas foram adiadas nas últimas semanas. *Por Valor Econômico.

Greve dos policiais civis: Raquel Lyra diz confiar na categoria e fala em negociação após o Carnaval

PERNAMBUCO

Greve dos policiais civis está programada para começar à meia noite desta sexta-feira

Governadora Raquel Lyra fala sobre negociações com policiais civis – Júnior Soares / Folha de Pernambuco

Às vésperas do início da greve dos policiais civis, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, divulgou, nesta sexta-feira (9), que as negociações para a revisão dos salários da categoria devem ocorrer após o Carnaval, ainda neste mês de fevereiro.

O anúncio foi realizado durante visita ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICCE), onde a gestora pôde conferir as operações das forças de segurança para o Carnaval 2024.

A greve dos policiais civis está programada para começar à meia-noite desta sexta-feira (9) e vai contra a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco que havia proibido o início da paralisação e determinou multa diária de R$ 300 mil aos representantes da categoria, em caso de descumprimento.

“Durante o ano passado, por todas as circunstâncias que recebemos o Estado, não foi possível tratar de pauta salarial, mas este ano é o ano para a gente ter convergência e poder garantir que as conduções nas negociações feitas dentro da mesa de negociação, liderada pela Secretaria de Administração do Estado, possam ocorrer com tranquilidade”, afirmou Raquel.

A data exata da negociação não foi informada pela gestora, que disse confiar no trabalho dos agentes da Polícia Civil e no compromisso dos profissionais com a segurança da população pernambucana.

A governadora reforçou, ainda, que o efetivo está nas ruas e que as delegacias estão funcionando.

“Eu tenho muita confiança em quem faz a Polícia Civil de Pernambuco, no seu compromisso com a sua carreira, com o povo do nosso Estado, para garantir que a gente trabalhe durante o Carnaval com paz e tranquilidade, cada um podendo cumprir o seu papel”, afirmou a chefe do Executivo.

Entre as reivindicações da categoria, estão melhorias nas condições de trabalho, aumento salarial e do contingente. *Por Portal Folha de Pernambuco.

Queda de braço: Apesar da decisão do TJPE, policiais civis vão manter greve a partir deste sábado, diz Sinpol-PE

GREVE

Entidade afirmou que vai recorrer da decisão judicial que prevê multa diária de R$ 300 mil e que paralisação seguirá até governo estadual abrir o diálogo com a categoria

Apesar da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) contrária à greve, inclusive com previsão de multa diária de R$ 300 mil, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol-PE) afirmou que não vai recuar. O presidente da categoria, Áureo Cisneiros declarou, nesta quinta-feira (8), que a paralisação está mantida e terá início a partir da 0h deste sábado (10).

“Diante da recusa do governo estadual em abrir espaço para negociações construtivas, a continuidade da greve é uma resposta necessária e legítima, defendida pelo Sinpol em nome da categoria. A decisão do TJPE, vista como uma liminar, será contestada pelo sindicato, que permanece firme em sua luta pelos direitos dos policiais civis”, afirmou Cisneiros.

Representantes do Sinpol-PE argumentam que o governo do Estado não se dispôs a iniciar as negociações por melhorias nas condições de trabalho, valorização salarial e aumento do contingente da categoria. Diante da frustração do encontro, em votação, a categoria decidiu deflagrar a greve.

Na quarta-feira, um dia após a assembleia da categoria tomar a decisão de deflagrar a greve em pleno Carnaval, o Órgão Especial do TJPE determinou que os policiais não iniciassem o movimento grevista. O pedido de tutela de urgência foi requerido pelo governo estadual.

“Fica vedada qualquer forma de mobilização que acarrete paralisação, suspensão ou prejuízo das suas atividades essenciais, independentemente da denominação atribuída ao movimento”, disse trecho da decisão.

No mesmo dia, o Sinpol-PE também protocolou requerimento ao TJPE para que seja intermediada uma negociação entre a categoria e o governo estadual. No documento, a entidade pontuou que ação semelhante ocorreu com o Poder Judiciário da Paraíba e de Alagoas e que isso foi fundamentação para evitar a greve.

Uma nova assembleia deve ser realizada com a categoria na manhã desta sexta-feira (9).

SECRETÁRIO DIZ QUE TEM PLANO DE CONTINGÊNCIA

Em entrevista à Rádio Jornal, poucas horas da decisão do TJPE ser divulgada, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou que medidas jurídicas estavam sendo estudadas para evitar a interrupção das atividades de segurança durante o Carnaval.

Carvalho declarou que o Sinpol-PE estaria “usando o Carnaval como instrumento de pressão” para antecipar a mesa de negociações com o governo estadual sobre reajuste salarial e outras melhorias pleiteadas pela categoria.

“Não há nenhuma restrição ao diálogo. Agora o que eles buscaram foi querer antecipar uma agenda que não iria correr nesse momento. A Secretaria Estadual de Administração é responsável pelas negociações e, em reunião anterior com o fórum de associações e sindicatos da segurança, foi dito que as reuniões seriam em março, mas foram antecipadas para o final de fevereiro, quando vai ser colocado o cronograma de reuniões com cada categoria. Isso já estava certo, mas o que houve foi uma deliberação com pequena fração (de policiais) que deliberou pela greve”, pontuou Carvalho.

“Vamos aguardar qual será a real adesão. Nós temos planos de contingência já prontos. A depender da adesão, será colocada a resposta proporcional. Seja qual for o cenário, não haverá prejuízo para a segurança do folião. Tenho a compreensão que o momento de negociação é final de fevereiro. Isso já era sabido por todos. Querer prejudicar a população num momento desses, entendo que a população vai se voltar contra a categoria”, completou. *As informações são do JC.

Pernambuco: TJPE determina que greve dos policiais civis não seja iniciada

DECISÃO

Polícias trazem reivindicações salariais e funcionais
Polícias trazem reivindicações salariais e funcionais – Foto: Divulgação/Sinpol-PE

Decisão foi deferida na tarde desta quarta-feira (7) e deverá gerar o pagamento de multa caso seja descumprida

Uma determinação proferida na tarde desta quarta-feira (7), pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), determinou que a greve dos policiais civis de Pernambuco, marcada para ter início à meia-noite (0h) desta sexta-feira (9), nas vésperas do Carnaval, não seja iniciada.

Concedida em tutela provisória de urgência, a decisão do Tribunal também determinou que, caso o movimento grevista já tenha sido iniciado, deverá ser encerrado de forma imediata.

Dessa forma, todos os servidores policiais civis deverão retornar ao trabalho. Na decisão, o TJPE destacou que fica “vedada qualquer forma de mobilização que acarrete paralisação, suspensão ou prejuízo de suas atividades essenciais”.

O Tribunal determinou ainda que o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), deverá comprovar imediatamente o cumprimento da decisão judicial.

Caso o sindicato realize alguma prática que impeça ou pertube o funcionamento do serviço de segurança pública, deverá pagar uma multa diária no valor de R$ 300 mil. *Por Portal Folha de Pernambuco.

GREVE DE ÔNIBUS RECIFE HOJE (28): Presidente do Sindicato dos Rodoviários é detido no terceiro dia da greve de ônibus no grande Recife

GREVE

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Greve dos rodoviários entra no segundo dia no Grande Recife. Urbana-PE denuncia que pneus dos ônibus estão sendo furados nas garagens e nas ruas – Foto/Divulgação

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR, Aldo Lima, foi detido pela Polícia Militar e conduzido à Delegacia de Flagrantes de Campo Grande em Santo Amaro na madrugada desta sexta-feira (28).

De acordo com o sindicato, Aldo Lima foi detido enquanto conversava com trabalhadores na porta da garagem da empresa Pedrosa, convocando uma assembleia geral da categoria.

Segundo a Polícia Militar, o presidente do sindicato dos rodoviários impedia a saída dos veículos mesmo com ordem judicial para liberação da passagem para as garagens de coletivos.

“O efetivo pediu que ele saísse e ele não obedeceu, desacatando o policiamento e resistindo. Ele foi conduzido à Central de Plantões para serem adotadas as medidas cabíveis”, disse a PM em nota.

TERCEIRO DIA DA GREVE DE ÔNIBUS NO RECIFE

Esta sexta-feira (28) é o terceiro dia da greve de ônibus no Recife e Região Metropolitana.

“De forma truculenta e abusiva começou o terceiro dia da greve, repressão e desrespeito é o que tem os empresários para seus trabalhadores em reivindicação legítima por melhores salários”, disse o Sindicato dos Rodoviários.

Por outro lado, a Urbana-PE, Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco, emitiu uma nota repudiando o comportamento das lideranças rodoviárias.

“A Urbana-PE informa que o Sindicato dos Rodoviários segue descumprindo determinações judiciais nesta sexta-feira (28). As lideranças rodoviárias continuam promovendo bloqueios, piquetes e tentando impedir trabalhadores que não desejam participar do movimento grevista de exercerem as suas atividades”, afirmou.

“Além disso, há vários registros de representantes do Sindicato dos Rodoviários esvaziando pneus e depredando ônibus que estavam em operação. Em uma dessas investidas, em frente a uma das garagens, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, foi detido por crime de desobediência e desacato“, afirmou a Urbana-PE.

PRESIDENTE DO SINDICATO DOS RODOVIÁRIOS FOI LIBERADO

Pouco antes das 8h, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, foi liberado pela Polícia Civil após assinar Termo de Compromisso por desobediência.

“A Polícia Civil de Pernambuco informa que registrou, por meio da Central de Plantões da Capital, no dia 28 de julho, ocorrência de Desobediência. O autor, um homem de 39 anos, teria mobilizado um grupo de manifestantes até uma empresa de transportes, no bairro de Nova Descoberta, que teriam, segundo relatos de testemunhas, bloqueado a saída de coletivos e impedido que trabalhadores que não estariam aderindo à greve exercessem as atividades”, disse a corporação.

“O autor teria desobedecido ordem judicial, e, ao ser solicitado, segundo relatos de testemunhas, que saísse da frente de um coletivo de saída da empresa, o autor não teria acatado, colocando a sua vida e a de terceiros em risco. Assim, o efetivo no local o conduziu e para à delegacia onde foram realizados procedimentos cabíveis, e após assinatura de Termo de Compromisso, o autor foi liberado”, finaliza a nota. *As informações são do JC.